Você já percebeu que os filmes costumam seguir as mesmas estratégias. Os românticos, por exemplo, sempre apresentam histórias de amor, lágrimas e um anel no fim; os de humor, risos, situações engraçadas. Mesmo assim, a maioria dos filmes que seguem esse roteiro ganham milhões de dólares nas bilheterias.
Apesar das histórias serem semelhantes, se forem contadas com uma abordagem arrebatadora, as pessoas provavelmente irão se interessar. Poderíamos dizer o mesmo sobre as apresentações.
Quantos discursos motivacionais, apresentações de resultados, pitch, aulas, palestras, reuniões e discursos de vendas você assistiu? Provavelmente alguns você gostou e alguns você odiou. Aqueles que acertam e conquistam o público devem ter em mente que uma apresentação marcante, independentemente de o objetivo, deve ter uma narrativa interessante e transmitir algo único.
Com isso em mente, vamos listar alguns tipos de narrativa e o mais adequado para usar em cada ocasião.
É uma estratégia muito eficiente se o público não está familiarizado com o assunto.
Por exemplo, quando um profissional de TI tem que apresentar um software ou um físico quântico fala sobre o universo para estudantes de ciências, em vez de usar técnicas de linguagem, pode fazer analogias entre as ferramentas que você está apresentando e temas que o público já conhece.
Para falar sobre planetas, por exemplo, um físico quântico poderia fazer uma analogia usando apenas letras (algo familiar ao público). Veja no vídeo abaixo. Helen Czerski ilustra em sua palestra como os elementos da nossa vida diária podem explicar as leis do universo, com uma metáfora que usa ovos cozidos para explicar como o Telescópio Espacial Hubble trabalha.
Usar o suspense é outra estratégia recomendada. Um bom exemplo de como usar o mistério em um
apresentação é o lançamento do primeiro iPhone, em 2007.
Steve Jobs reteve o novo produto antes de revelar para o público. Ele começa listando os produtos pioneiros da Apple, como o Mac, em 1984, ou iPod, em 2001.
Jobs diz que a Apple vai lançar um novo dispositivo que vai revolucionar outra indústria, carregando três produtos diferentes em apenas um dispositivo: um iPod, um telefone celular e navegador.
Cerca de três minutos em seu discurso, Jobs revela o nome do novo produto, mas não mostrando isso, o que aumenta o mistério.
Ele então explica todas as razões pelas quais o iPhone será tão revolucionário, e, só então, ele mostra uma imagem do novo produto.
Não é recomendado, mas Steve Jobs consegue manter a expectativa do público por mais de seis minutos, quando ele, finalmente, revela o novo aparelho telefônico. Incrível.
Para manter o público atento e focado, você pode usa o elemento surpresa. Primeiro passo? Você diz algo que ninguém está esperando.
Então, é fácil: você dá argumentos para apoiar a ideia. Uma vez, o diretor de uma empresa queria convencer seus superiores a investirem mais dinheiro na segurança de uma das fábricas da empresa.
Para isso, ele iniciou seu argumento com uma apresentação. No primeiro slide, ele mostrou uma foto de uma das fábricas explodindo em chamas. Ele conseguiu convencer.
Já a jornalista suíça Emily Esfahani Smith usa essa técnica em sua palestra. Logo no começo ela diz algo particularmente diferente: nosso objetivo na vida não deve ser felicidade.
Ao contrário do que pensa a maioria, a implacável busca pela felicidade pode fazer as pessoas infelizes. Ela então traz argumentos que apoiam sua teoria
As manchetes dos jornais trazem episódios inesperados e surpreendentes. Por isso são manchetes. Mas há algo aí que podemos aprender.
Use uma manchete para explicar um problema, colocando-se em contexto e envolvendo as pessoas nesta matéria. Mostre as conseqüências e termine a apresentação dando a solução para tudo que você mostrou.
Esta é uma estratégia que você pode usar durante toda a apresentação ou apenas em parte dela.
O ativista Dan Pallotta convida o público a pensar em um problema: organizações sem fins lucrativos lutando contra problemas sociais.
Ao longo de sua palestra, Pallotta dá detalhes do problema e, gradualmente, dá soluções que podem diminuir e até mesmo erradicar os problemas enfrentados.
Quando rimos, o cérebro produz “hormônios da felicidade”: endorfina, dopamina e serotonina. Portanto, adicionando um pouco de humor a sua apresentação, se divertido com algo apropriado, se sentindo confortável, é possivel conquistar o público.
Você pode fazer uso de alguns recursos, como vídeos, desenhos animados, fotos ou frases que relacionam-se com a mensagem que você deseja transmitindo.
A escritora Sarah Knight usa muito o humor. De uma maneira muito divertida, ela ensina sua técnica para não se sentir culpada ao recusar convites ou abster-se de realizar tarefas que não lhe interessam.
Fazer perguntas ao público pode ser um boa estratégia de apresentação. Além disso, pode transmitir vivacidade à conversa e se aproximar do público.
Além disso, o palestrante pode conhecer pontos de vista diferentes do público. Logo depois de cumprimentar o público, o palestrante e pesquisador de desenvolvimento Kang Lee pergunta: “Você já mentiu quando você era criança?
Se sim, você poderia por favor levantar a mão? É assim que ele introduz o tema de sua palestra relacionada ao assunto. A pergunta quebra o gelo. Depois de ver tantas mãos levantadas, ele afirma: “isto é o grupo mais sincero de pessoas que conheço”.
É uma boa estratégia quando a intenção é aumentar a consciência para algo. Imaginemos, por exemplo, o CEO de um
empresa decide parar de vender seus produtos naturais em um certo local onde os negócios não são lucrativos.
Uma atitude dramática seria mostrar o efeitos negativos que tal decisão poderia causar, tais como pessoas menos saudáveis, ou poderia haver um aumento nos casos de obesidade e doenças cardiorrespiratórias. Boas histórias geralmente movem pessoas, aumentando suas chances de convencê-las a aceitar seus argumentos.
A dançarina Adrianne Haslet perdeu parte de sua perna depois que foi atropelada por um carro. Durante sua palestra, ela usa drama para falar sobre o acidente e como afetou sua vida.
Posteriormente, ela usa sua experiência durante a recuperação para dar conselhos que as pessoas dão quando não sabem o que dizer.
PROVOCAÇÃO
Essa estratégia deve ser usada com cautela porque requer comentários e perguntas em relação aos pontos fracos do público e suas dificuldades.
O tom provocativo deve ter um propósito construtivo para, logo após provocar, você apresentar uma solução. Use somente quando você quiser enfatizar uma solução ou incentivar o público a pensar sobre algo com você.
Em sua palestra, Judson Brewer, um psiquiatra especializado em vícios, provoca o público de forma construtiva usando situações cotidianas como, por exemplo, a criação de maus hábitos e como quebrá-los.
Durante a apresentação, Judson coloca questões para o público tocando seus pontos fracos. O hábito de comer em situações estressantes ou fumar compulsivamente. Tais alegações estruturar seu discurso, e ele indica uma solução para esses comportamentos.
As metas de treinamento corporativo da sua empresa estão definidas para 2023? Se não, não…
Está no momento para revisitar suas estratégias de treinamento e desenvolvimento? Por isso reunimos nessa…
Após anos e anos de vida escolar e universitária, você vai se deparar com uma…
Será que os líderes já nascem prontos ou se desenvolvem durante a carreira? Será mesmo…
Um roteiro com táticas para se sair bem antes e durante uma negociação Negociar é…
Estamos em um dos momentos mais promissores e desafiadores da humanidade. A revolução digital, a…